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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Bóson de Higgs Cientistas encontram a "partícula de Deus"

Físicos anunciaram no último dia 4 de julho a descoberta do bóson de Higgs, a peça que faltava para compor o "quebra-cabeça" que representa toda a matéria do Universo. 



A busca durou quase meio século e envolveu a pesquisa mais cara da história da ciência. 


O que são bósons? 
De acordo com a física moderna, tudo que existe pode ser descrito por meio de 17 partículas elementares. Elas são divididas em dois grupos: os férmions e os bósons. Os férmions são subdivididos em seis tipos de quarks (que constituem o próton e o nêutron do núcleo atômico) e seis de léptons (entre eles, o elétron). Os bósons incluem outros cinco tipos de partículas, como o fóton (partícula de luz) e a de Higgs. O bóson de Higgs é importante porque explica como o átomo adquire massa e, assim, compõe toda a matéria. Logo após o Big Bang, a explosão que deu origem ao Universo há 13,7 bilhões de anos, um campo formado por partículas de Higgs foi responsável pela desaceleração e resfriamento de outras partículas elementares. Isso possibilitou a formação de estrelas, planetas e tudo o mais que existe no Universo. A experiência que permitiria aos cientistas observar o "bóson da Criação" só poderia ser realizada no LHC, pertencente ao Cern (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear). O acelerador foi construído na fronteira entre a França e a Suíça, em 2008, ao custo de R$ 10 bilhões de dólares. É o maior e mais caro instrumento científico já construído pelo homem. O trabalho  dos pesquisadores consistia em acelerar prótons em direções opostas, a uma velocidade próxima à da luz, em um túnel magnético de 27 quilômetros de circunferência. O objetivo era provocar uma colisão que fosse captada por dois gigantescos detectores. O choque de prótons fragmentaria partículas em pedaços menores, mas o bóson de Higgs é tão pequeno e instável (ele se desintegra em frações de segundos) que os cientistas puderam apenas capturar o rastro de sua existência. Agora, essa descoberta poderá abrir novos caminhos e dar esperanças para a formulação da Teoria do Campo Unificado, que irá reunir a física de partículas do Modelo Padrão com a teoria da gravidade, além de entender mistérios como a energia escura. 


Fora da comunidade científica, é mais conhecida como a partícula de Deus (tradução livre do original God particle), alcunha dada pelo físico Leon Lederman devido ao fato desta partícula permitir que as demais possuam diferentes massas.